quarta-feira, 11 de julho de 2012

O azul fora do céu...

"Saudamentos", caro leitor. Depois de mais de quatro meses, de volta para desatarrachar as porcas e não dar a impressão de que o "Rodoviária Digital" virou um nome morto. Como dito na última postagem, estaria eu escrevendo de Pato Branco, no Sudoeste do estado onde faleceu o mestre Alborghetti e, infelizmente, nasceu o ídolo maldito do "Ai, se eu te pego", cujo qual dá ânsia de vômito só de citar.

NO ENTANTO, devido à paralisação nas universidades federais, fui obrigado a retornar às origens, voltar a viver no meio da gentalha e próximo de uma tal de Pássaro Marron. Não seria de todo mal, se minha própria família não estivesse me remoendo para desistir do curso da UTFPR, por estar a mais de 1000 quilômetros de distância. Não entendem que os quero bem (longe). Que os ônibus desta postagem são de uma cidade que nem parece que é no Brasil, tão visível a qualidade de vida do seu povo. Que... Bom, deixa pra lá.

Antes de começar, deixo o link de um novo áudio, não vou falar sobre o carro desta vez. É o 6049, na Pato Branco x Guarapuava, e foi gravado no trecho entre a partida e a primeira cidade do caminho, Coronel Vivida. Para ouvir e/ou fazer o download, há de se logar no servidor.



Eis uma das empresas do transporte urbano de Pato Branco. A propósito, são simplórias, então esqueça isso de "muitos irmãos", como em Maringá ou Londrina, no Norte. E, pelas dimensões e capacidades da cidade, não há necessidade de mais que os 30 carros que lá rodam para ser atendida. Podia ser operado por uma viação só, contudo o serviço é "rachado" pra dois: a LP Transporte Coletivo, cuja qual farei uma outra postagem (pois tenho comentário sobre seu serviço), e a Trans Angelo, que não cheguei a utilizar, mas acompanhei de perto, de vista.


A maior parte dos seus 12 "apóstolos" roda pouco, e o dia útil de operação tem três momentos expressivos: o pico da manhã, o do almoço e o do lusco-fusco (cair da noite). Nesses horários, de seis a nove carros estão na rua. De resto, cinco fazem as principais linhas.


Sobre elas, são todas circulares, com "partidas" do "terminal" (um grande ponto de ônibus do centro onde antes era a rodoviária). As que têm horários para o dia todo são elas:

- São Roque do Chopim: distrito próximo à divisa com Coronel;
- Planalto: bairro à beira da BR-158;
- Guarani: vai em algumas viagens até o câmpus da UTFPR, passa pelo atual terminal e percorre metade da rua, uma das mais movimentadas do centro, que dá nome à linha.

As que só operam nos picos são:

- São Cristóvão: um dos muitos pontos altos (morros, mesmo) do município, roda com o único Scania da viação, cuja foto é a última da postagem;
- Fraron: local pouco afastado que fica à beira de duas rodovias, a 158 e a PR-493, tem poucos horários pois a linha da UTFPR é "costeira" do bairro.


Voltando à parte dos "muitos irmãos", a Angelo é a completa antítese disso: NENHUM veículo é igual ao outro. São todos diferentes em alguma coisa, do seguinte modo:

- Torino '94 "GV": 2012 e 2015 são quase iguais, porém este último tem janelas padrão RIO, 2013 é o F113 (abaixo) e 2017 (acima) é um ex- Expresso Pégaso - ainda não identificado;
- Torino '99 "GV2": 2016, 2018 e 2021, com chassis diferentes entre si;
- Torino '07 "G6": 2023 o 17-230 automatizado (abaixo) e 2025 o 1722 ex-Rio (KNV3586, caso queira consultar no RENAVAM).

NOTA: na contagem dos 12 não foi incluído o seu primeiro Comil, 2026, um Svelto 17-260 dianteiro que chegou no fim de abril e, pelo menos até que eu saísse de lá (última semana de maio), ainda não tinha começado a trabalhar.


Curiosidade sobre o modus operandi da Angelo: poucos ônibus, garagem pequena, três casas com família no seu interior, uma delas da proprietária da empresa. Ali é feito o básico. Limpeza e lavagem simples, troca de pneus, configuração de itinerários. O abastecimento é feito pra fora, no posto Guarani (rede Ipiranga, rua Guarani), e a lavagem completa em um outro lugar, distante da garagem.

A frota toda possui posto de cobrador, porém, em linhas como a da UTFPR e a do Fraron, ele não é utilizado. Trata-se de um costume não só dela, mas também da LP e até da Bran Tur (nas linhas intermunicipais).


Bem, esta é uma. Na próxima postagem, que não sei quando terei tempo hábil de fazer - fiz esta enquanto em greve, em uma pausa nas listas de Física e Geometria Analítica - tratarei de falar sobre a outra, a LP, e dela posso falar um pouco mais por ter utilizado seus serviços. E acredito que soará como novidade, pois nem cadastro no Ônibus Brasil ela tem.

E até a próxima, daí.