terça-feira, 12 de julho de 2011

Tal como diz o padeiro...

...um pouco antes de fechar seu estabelecimento: o sonho acabou. Ah, saudamentos. Hoje, numa passagem breve, quero contar a você, leitor, uma historinha. Antes, vamos aos pequenos acertos:

- São José dos Campos: As políticas de transporte público do prefeito Eduardo Cury trazem expectativas. Ao que parece, cada uma das três operadoras terá de trazer ônibus novos até o final deste ano. De começo, Expresso Maringá e novos OF-1418, em breve prontos na porta da fábrica em Xerém.

- CS Brasil: Começaram a rodar novos Comil Svelto, em 15-190, nas municipais de Mogi das Cruzes. Na EMTU, novos Vip II SC sobre 17-230.

- Coluna do Luciano Roncolato: Desde que a revista Interbuss foi reestilizada, o espaço crítico dele é semanal. Puramente crítico. Vamos por partes:

PIONEIRISMO DE ARAKI: Há pessoas que fazem questão do ineditismo, sim. A grande maioria faz questão de fotografar e postar. Eu já não o faço mais com tanto vigor desde novembro de 2009. Inclusive, de centenas de ônibus novos que garanti de lá até hoje, se publiquei um décimo da coleção foi muito. À época, eu acreditava que a novidade depois de velha teria algum valor. Hoje em dia, entendo que não é mais assim. Se HOJE uma dessas cair na internet, só será vista e comentada por duas, três pessoas. Mesma quantidade de comentários de uma novidade que eu capturasse hoje de manhã, por exemplo.

"QUATRO RODAS" EXPERIENCE: No que diz respeito à experiência, existem os da área - que estão em contato direto com os veículos, os usuários frequentes - que usam o transporte público diariamente, os usuários eventuais - gente como eu, que anda de ônibus vez e outra, mas sempre atento a detalhes da carroçaria e da operação, os turistas - que só sabem o que é ônibus quando realmente precisam dele e os mauricinhos - que nunca andam de ônibus, apenas fotografam porque acham bonito, só vivem de automóvel pra cima e pra baixo.
Na hora de opinar, cada um traz o que viu na convivência e, trocando os conhecimentos, chega-se a uma conclusão. Na prática, entram sentimentos variados sobre empresa, chassi, carroceria, fanatismo maior que o de um sunita (por exemplo, dos que são a favor de ônibus padrão - eu sou contra eles e a favor dos dianteiros) e tudo vira uma grande mesa quadrada.



O que fazem aqui fotos desses carros? Fazem parte da história que vou contar. Minissérie, se comparado à outra Esmeralda, a novela do SBT. A imagem acima retrata o carro na atualidade, já de volta aos fretamentos da Leads.

Por seis ou sete semanas, entre novembro e dezembro de 2010, Aparecida teve uma ligeira esperança de que uma nova empresa tivesse chegado na cidade. A princípio, com a ligação pra Maringá, a cidade canção no Paraná. Num esquema similar ao que acontece com a Trans Brasil: Carros alugados e plotados com o nome da empresa dotada da licença federal pra operar. TODOS Paradisos G7, Scania K340, dos mais recentes da Andrea Luft.


E, como parecia ser um teste, nada de guichê. Nem de divulgação. O que faltaria pra que a linha tivesse maior demanda - aliás, o motivo pro fim do serviço foi justamente esse. Em Aparecida, se continuasse, ela iria concorrer, mesmo só com o veículo que partia às 14 horas, com dois horários da constantinoplizada Kaiowa e seus Jum Buss 380 (12:30 e 19:00).


Outra coisa que prejudicou a atuação da linha foi a falta de mais seções. O esquema pinga-pinga poderia trazer mais passageiros. Até, quem sabe, uma extensão partindo de Lorena. Mas NÃO. Partindo de Aparecida, as seções JACAREÍ e SÃO PAULO, aqui no estado. Pra lá do Paranã, não sei, só vendo mesmo com quem é de lá. QUALQUER empresa que se preze lembra que Taubaté e São José dos Campos são grandes focos de clientes.

Por falar na capital do Vale do Paraíba, se a parada fosse realizada lá, ao invés da cidade vizinha, haveria uma concorrência com a Viação Garcia e dois horários movidos a B9R (1:40 e 20:30). Será que a empresa, que ficou revelada certa vez por pagar propina à Polícia Federal pra transportar DROGAS nos ônibus (não sabia? Procure notícias de fins de 2007), meteu o dedo pra que a seção não existisse lá? Vai saber...



Mesmo os preços módicos (ao estilo TCB) não foram suficientes pra que o público se sentisse instigado a experimentar a aventura. O fim foi em janeiro, quando foram vistos os alugados da Leads executando a linha pelas últimas vezes.

Agora, como opção, ir até São José dos Campos e embarcar nos serviços da pioneira do Paraná, por preços tabelados acima de 100 reais, ou então utilizar - e economizar com - os serviços da Kaiowa, que, por preços similares, faz o mesmo itinerário. Numa próxima postagem, vou deixar aqui outro sonho que foi pros quintos dos infernos: A alternativa para Itajubá. E até a próxima.