Diga-me no que andas, e eu te direi o que és...

Saudamentos a todos os meus súditos. Hoje, com metade dos meus problemas já resolvidos, volto a postar, pra tirar o pó do blog (pôxa, mas pó é tão bom, tão nostálgico...).

Antes de começar, eu gostaria de divulgar a comunidade "Plantonistas da Dutra", feita especialmente pra aqueles que perdem preciosas horas no trecho esperando os ônibus novos - mesmo que eles não apareçam, como ultimamente. Desejo muita sorte a todo mundo que fica na beira dessa rodovia, que é um ninho de novidades, dos que fotografam desde Guarulhos, até as cidades fluminenses. E que o mês de outubro, assim como o do ano passado, seja recheado de novidades.

Comunidade "Plantonistas da Dutra"

Gostaria de dar o tapão inicial com algumas fotos de um ônibus que, simplesmente, me encantou, na semana passada. Pode parecer estranho, mas não é nenhum carro das "grandes" encarroçadoras (até porque a atual maior encarroçadora não pára de avacalhar; refiro-me à fabricante do G-Merda), e sim um singelo, barato e econômico MASCARELLO. No dia 25 de setembro, a 16a. Romaria dos Perueiros de SP veio à cidade de Aparecida, pra fazer umas comprinhas e pegar uma missa na hora do almoço, como sempre. E, no meio das dezenas de midis (Seniores, Spectruns e até um Svelto) e de micros (Ibravas, Thunderes, Volares), seis Grã-Vias praticamente novos fizeram as suas vezes. Não teve outra.


Grãs: O Midi, que vez e outra dá as caras na Dutra, tem duas lanternas de cada lado, atrás. No Via, são três, que dão um toque de classe ao modelo, que tem um desenho meio "pacotão", todo quadrado. Aliás, como todo urbano da encarroçadora paranaense, a carroceria é desproporcional, em relação às das demais fabricantes, no quesito medidas: Onde um 17-230 tem seis janelas, sem ser encurtado ou Comil?? Na Mascarello. Onde as portas largas parecem ser mais espaçosas que as de um Millennium?? Na Mascarello. Onde um busão grande, como este das fotos, tem paupérrimos 38 lugares, com cadeiras que parecem querer embrulhar o pescoço do passageiro?? AQUI. Onde, também, um urbano Midi tem a mesma altura do convencional?? AQUI, PORRA!!!



Aliás, falando na parte de dentro, o ônibus - pelo menos o da Transcooper Fênix - é um show à parte. A harmonia no acabamento, a impressão de resistência, enfim, um ar muito diferente. Certo, o padrão SP estraga muito as coisas, com a ausência das cordinhas, as três portas imeeeeeeeensas. No entanto, apesar disso, serviu de base pra que eu, simplório colecionador que sou, tirasse as primeiras impressões que aqui estão sendo redigidas. Não temos Mascarello aqui no vale mesmo...

As imagens foram permitidas pelo fiscal da cooperativa, aliás, sem necessidade de pedido: O próprio homem ofereceu o interior do Grã pra fotografar. Se esse fiscal - por ventura - encontrar esta página e começar a ler, eu quero deixar aqui mais um muito obrigado. E parabéns pelos veículos. =D


Cadeiras do Grã: Outra maravilha do veículo. Eu aproveitei a sessão e sentei, não resisti (AAAAAAAAAAH, TU SEEEEEEEEEEENTAAAAAAAAAAAAAAAAA!!! VIADIIIIIIIIIINHOOOOOOOOOOOOO!!!), não mesmo. Perder uma chance dessas... Bem, o assento do buzum é bastante cômodo, algo como a cadeira urbana da Busscar com tecido e desenho diferentes - logo, um lugar muito confortável. Perfeito pra longas viagens.

Balaústres do Grã: Aqui, um pequeno impasse. O carro das fotos é novo, tudo bem, a estrutura principal de ferros amarelos continua sólida, todavia é possível fazer mexer uma pequena barrinha perto da porta, como se o seu ponto de fixação não fosse tão firme. Contudo, de um primeiro ponto de vista, impressiona.

Com este e outros fatores que só se comprovam com o bicho em movimento (o do pôlsti é um V-Tronic, porém um OF-1722 é ligeiramente superior), prova-se que o Mascarello é surpreendente: Melhor do que aparenta ser. Carro que deixa o Torino G6 no chinelo, mas que ainda não tem o seu devido espaço nas cidades brasileiras.


E, pra encerrar, uma foto bacana desta máquina, que serviu de lição PRA MIM: Nem eu acreditava na qualidade do veículo "meide im Paranã", achava que Mascarello era coisa de pobre e de frotista sovina. Mas não. Depois desse sábado, aprendi uma coisa, uma regra, cuja exceção única e comprovada é a Marcopolo:

NÃO JULGUE O DESCONHECIDO. CONHEÇA-O PRIMEIRO.

E até a próxima,
quem sabe até lá não tem algum Grã rodando no vale do Paraíba??